13 de jun. de 2010

Poesia em uma Noite Fria



Só para me fazer compania.

Esperando a Lua cheia
os grilos se cortejam nos jardins,
Sapos ecoam, há rãs brejeiras,
sãs companheiras da noite,
enfim. A noite enfim.

Sempre que aguardo
aguça-me o faro soturno
- a boca da noite, o riso
da Lua, que procura
sua candura já posta,
percorrida distâncias
já, na madrugada.

Gosto de noite derramada,
sola o floema na calçada
de seus poemas atentos,
cadenciados, não ao acaso.
Não em vão. Sob o céu.

Soar o brilho extremo.

Solar sob o abismo.

Espera pelo Sol.

Profundo som que 
Arrisco, em uníssono
Com o sonho que assanha
A sanha, acalma a alma,
Repete a fórmula

Consagrada...



- Tau! -